Pensão por Morte

Pensão por Morte para Companheiro: Um Guia Completo para Advogados Previdenciários

Introdução

A pensão por morte é um benefício previdenciário destinado a garantir a subsistência de dependentes de um segurado falecido. No caso de companheiros, a obtenção desse direito exige a comprovação da união estável e do cumprimento de determinados requisitos legais. Este artigo tem como objetivo fornecer um guia completo sobre o processo de pensão por morte para companheiros, abordando desde os requisitos legais até as principais dificuldades enfrentadas pelos beneficiários.

Requisitos para a Concessão da Pensão por Morte para Companheiro

Para ter direito à pensão por morte, o companheiro(a) do segurado falecido deve comprovar:

  • União estável: A comprovação da união estável é fundamental para o reconhecimento do direito à pensão. A lei exige a apresentação de provas que demonstrem a existência de uma relação duradoura, pública e contínua, como:
    • Certidão de nascimento de filhos em comum;
    • Declaração de imposto de renda com o companheiro como dependente;
    • Contrato de aluguel em nome de ambos;
    • Convênio médico e/ou funerário;
    • Contas de consumo: água, energia, telefone, gás;
    • Fotos do casal;
    • Prontuário médico em que figure o companheiro como responsável; 
    • Testemunhas que comprovem a convivência do casal.
  • Qualidade de segurado do falecido: O segurado falecido deve estar inscrito no Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e ter cumprido os requisitos contributivos exigidos pela legislação.
  • Carência: Em regra, é exigida uma carência mínima de 12 contribuições mensais para a concessão da pensão por morte. No entanto, há exceções previstas em lei, como no caso de morte por acidente de trabalho.

Documentação Necessária

Para solicitar a pensão por morte, o companheiro(a) deverá apresentar os seguintes documentos:

  • Certidão de óbito do segurado;
  • Documento de identidade e CPF do companheiro(a);
  • Comprovante de endereço;
  • Comprovante de casamento ou de união estável (se houver);
  • Carteira de trabalho do segurado falecido;
  • Extratos de pagamento de benefícios do segurado falecido (se houver);
  • Documentos que comprovem a dependência econômica do companheiro(a) em relação ao segurado falecido (comprovantes de pagamento, contas conjuntas, etc.).

O Processo Administrativo

O pedido de pensão por morte deve ser apresentado ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), preferencialmente de forma online, através do Meu INSS. Após a análise da documentação, o INSS pode conceder o benefício, indeferi-lo ou solicitar documentos complementares.

Dificuldades Enfrentadas pelos Beneficiários

A obtenção da pensão por morte para companheiros pode ser um processo complexo e demorado, devido a diversas dificuldades, como:

  • Comprovação da união estável: A comprovação da união estável pode ser um desafio, especialmente em casos em que não há registro formal do relacionamento.
  • Análise rigorosa da documentação: O INSS realiza uma análise rigorosa da documentação apresentada, o que pode gerar indeferimentos indevidos.
  • Recurso administrativo: Em caso de indeferimento, o beneficiário poderá interpor recurso administrativo, o que pode prolongar o processo.
  • Ação judicial: Se o recurso administrativo for negado, o beneficiário poderá ingressar com uma ação judicial para obter o reconhecimento do direito à pensão.

Atuação do Advogado Previdenciário

O advogado previdenciário desempenha um papel fundamental na defesa dos direitos dos companheiros que solicitam a pensão por morte. Ele pode auxiliar o cliente na:

  • Análise da documentação necessária;
  • Elaboração da petição inicial;
  • Acompanhamento do processo administrativo e judicial;
  • Elaboração de recursos administrativos e judiciais;
  • Negociação com o INSS.

Conclusão

A pensão por morte para companheiros é um direito social importante, que garante a subsistência de quem depende financeiramente do segurado falecido. No entanto, a obtenção desse benefício pode ser um processo desafiador. A atuação de um advogado previdenciário especializado é fundamental para garantir que os direitos do beneficiário sejam respeitados e que ele obtenha a pensão a que tem direito.

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Nair Martins - Advocacia
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